O asteroide, um corpo metálico e rochoso, sem risco de colisão com a Terra, resume-se no céu a um pequeno ponto de luz, não obstante as suas generosas dimensões: 45 metros de diâmetro e 135 mil toneladas de peso.
O ponto de luz – refletida do Sol – distingue-se das estrelas por estar em movimento, mas não deixa de ser difuso, o que dificulta a sua visualização.
A sua passagem perto da Terra inicia-se, pelas 19:30 (hora de Lisboa), na direção da Constelação de Virgem, e termina, às 02:00 de sábado, próximo da Estrela Polar, segundo o Centro Ciência Viva (CCV) de Constância/Parque de Astronomia, que tem o maior telescópio público de Portugal.
O corpo celeste passa perto do “planeta azul” a uma velocidade de oito quilómetros por segundo e a uma distância de cerca de 28 mil quilómetros, um décimo da distância entre a Terra e a Lua.
Em locais amplos e planos, e sob céu limpo e muito escuro, o asteroide pode ser visto com uns binóculos de observação de aves, presos a um tripé, ou com um telescópio amador, preferencialmente motorizado, que acompanha melhor o seu movimento, de acordo com o CCV de Constância, que hoje está, excecionalmente, aberto às 20:30, na tentativa de o público ver o asteroide.
A NASA, a agência espacial norte-americana, anunciou há uma semana que se trata do maior corpo alguma vez detetado a passar tão perto da Terra, mas sem risco de colisão com o “planeta azul”.
Ou mesmo com uma zona de satélites, dada a sua órbita, indicou o Centro Ciência Viva de Constância.
Chamado de 2012 DA 14, o asteroide – que se define como um corpo rochoso e metálico que tem uma órbita definida em redor do Sol – foi descoberto, em Espanha, a 23 de fevereiro do ano passado.